terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Natureza da Igreja

Repensando nossa funcionalidade eclesiástica
Ronaldo Lidório

Ao refletir sobre a natureza da Igreja nos confrontamos imediatamente com algumas claras limitações. A primeira seria uma limitação sociológica, na medida de que todos nós, de alguma forma, temos sido influenciados por 2 fatores construtores da presente sociedade, o hedonismo e o narcisismo. Junto a alguns outros, os tenho chamado de elementos da anti-missão. Isto devido a capacidade que eles tem de postar o homem, e consequentemente a Igreja, no centro do universo, em nosso imaginário. Nos tornarmos, aos nossos próprios olhos, os atores principais do evento histórico.
É natural entender, portanto, que enquanto influenciados por esta limitação sociológica, teremos bastante dificuldade de conceber uma Igreja que seja chamada para servir a Deus com toda a sua alma, suas energias, seu dinheiro e seu tempo. Ao contrário, tal limitação lança-nos a consequências puramente humanistas, como o triunfalismo e ufanismo, e desemboca no orgulho, raiz de grandes males.
O hedonismo é esta tendência humana sociocultural, e teologicamente carnal, que nos leva a crer que existimos para nossa própria realização. Que nossa alegria e felicidade pessoal são os bens mais preciosos, pelo qual vale a pena tudo. Que para nos realizarmos podemos, e devemos, romper com quaisquer valores, religiosos ou sociais, passando por cima da Palavra, da família, do ministério e do relacionamento com o Pai.
A sociedade e seus meios de comunicação, as escolas e os púlpitos de muitas de nossas igrejas se tornaram hedônicos. Vivemos para nós mesmos, pensamos em nós mesmos, investimos em nós mesmos, teologizamos para nós mesmos e, consequentemente, não servimos ao Cordeiro Jesus, mas sim a nós mesmos.
Ainda parte desta limitação sociológica, há outro fenômeno que aqui podemos chamar de narcisismo. É o desejo - e desenfreada busca – pela beleza pessoal e público reconhecimento da mesma. Não basta estar no centro das atenções, é necessário que todos saibam disto. O narcisismo é este elemento da anti-missão que faz com que nós trabalhemos e nos esforcemos para o Senhor e Sua obra, desde que sejamos reconhecidos pelos nossos pares, aplaudidos, elevados em pedestais.
Tanto o hedonismo quanto o narcisismo corrompem não apenas a alma humana, sua integridade e santidade, mas também sua motivação. Há, portanto, muitas igrejas, pastores, líderes e missionários fazendo a coisa certa pela motivação errada.
É necessário neste momento, percebermos, que o desejo do Senhor revelado em toda a Sua Escritura não é formar um povo-escravo para o serviço, nem mesmo um centro qualificado de produção, mas discípulos que o amam, que sejam apaixonados por Seus projetos, e que o sigam. O desejo de Deus não é tão somente nos tornar funcionais, mas santos; não apenas nos tornar produtivos, mas íntegros; não apenas nos tornar servos, mas filhos.
A segunda limitação que temos ao refletir sobre a Igreja e sua natureza é uma limitação teológica, e me refiro aqui à teologia do serviço, ou teologia da missão. A maneira como nós compreendemos o nosso papel no Reino, e nos posicionamos em relação a ele. Para conversarmos sobre esta limitação leiamos o texto que se encontra em Atos 2: 37 a 47

37
Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
38
Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39
Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
40
Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
41
Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.
42
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
43
Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
44
Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.
45
Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.
46
Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
47
Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

Atos é um livro teocrático, uma vez que foi escrito para evidenciar que Deus está no controle de todas as coisas. Ele é apresentado aqui neste livro como o Senhor absoluto da história, de nossas vidas e da Sua Igreja. Jamais se surpreende, jamais se corrompe. Esta imutabilidade do caráter de Deus é a certeza de que somos salvos.
Atos é também um livro fidedigno por ter sido escrito de forma a nos mostrar que Deus cumpre todas as suas promessas. Inicia já no capítulo 2 com o cumprimento da promessa do Senhor Jesus de que enviaria o consolador, o parakletos que estaria com a Igreja para conduzi-la a Cristo. O Espírito Santo se manifesta, portanto, para a Igreja e a reveste de autoridade e poder para servir.
Atos 2 pinta o quadro desta Igreja chamada segundo o coração de Deus.
Perceberemos que ela é uma Igreja Koinônica (orientada pela comunhão dos santos); uma igreja Kerygmática (proclamadora do Nome acima de todo Nome); Martírica (que vive segundo aquilo que crê); Proséitica (que tem vida de oração); Escriturística (que ama e segue a Palavra); Diákona (com paixão pelo serviço); Poimênica (que pastoreia o seu povo); e por fim Litúrgica (cuja vida é a adoração do Pai).
Antes de adentrarmos estes desafios bíblicos para nossos corações, podemos nos lembrar da teologia de John Knox quando ele defende que a ponte entre o conhecimento e a transformação é o quebrantamento. Ou seja, muito pode entrar em nossa mente, convencer-nos de verdades bíblicas profundas, mas este conhecimento gerará vidas transformadas somente se houver verdadeiro quebrantamento em nossos corações. E nem quebrantar a nós mesmos nós podemos. Por isto dependemos de Deus. Podemos orar pedindo ao Senhor: quebranta o meu coração para que as verdades da Sua Palavra sejam fogo transformador em nossa alma.
KOINÔNICA – A IGREJA NASCIDA PARA AMAR E CONVIVER COM O DIFERENTE
O verso 44 nos diz que “todos os que creram estavam juntos, e tinham tudo em comum”. A expressão “comum” aqui é koinos de onde temos koinonia, ou “comunhão”. Manifesta que a Igreja neste período histórico pós pentecostes era uma Igreja Koinônica.
Não significa que a Igreja do primeiro século era homogênea. Ao contrário, eram extremamente distintos. Havia intelectuais e gente simples; judeus e gentios; jovens e velhos.
Koinos significa que eles se amavam na diversidade. Que estavam tão deslumbrados com o Senhor Jesus que eram capazes de conviver com o irmão mais diferente, e com ele ter comunhão, porque havia Um que os unia.
Indica que a razão maior da nossa desunião não é sociológica – a percepção do diferente e a intolerância com o mesmo – mas sim teológica, nossa própria carnalidade, desejo de sobressairmos, sobressair nosso pensamento, sobressair nossa denominação, sobressair nosso símbolo. Ao fim, o motivo maior da nossa desunião é espiritual, carência profunda de conhecermos mais a Cristo e sermos como Ele.
O texto diz que esta Igreja louvava de casa em casa e no templo. O templo era o centro do culto formal (aqueles que gostam dos hinos sacros tocados ao piano de caldas) e as casas representavam os ajuntamentos informais (a turma do violão e dos cânticos contemporâneos, digamos assim).
O verso 32 nos diz que era um só coração (kardia, sentimentos) e uma só alma (psiche, pensamentos).Durante o encontro do CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas) em 2008, houve uma cena cativante no último dia. Era a ceia do Senhor. Irmãos de 47 etnias distintas, além dos não indígenas de várias nacionalidades, como uma pequena multidão de 1.200 pessoas ao redor da mesa de Cristo. Alguns cantavam, outros oravam, alguns traduziam o que estava acontecendo para a língua da sua etnia, e a mensagem era claríssima. Era como se todos declarassem: “somos diferentes, mas amamos a Jesus”.
Divisões, partidarismo, esquemas de superioridade teológica ou prática no Corpo de Cristo sempre será um problema de ordem espiritual. É um reflexo, um triste sinal, de que não estamos deslumbrados com o Jesus ao ponto de sua simples presença ser o suficiente para encher nossos corações e amar profundamente os deslumbrados como nós.
KERYGMÁTICA E MARTÍRICA – A IGREJA NASCIDA PARA AMAR E PROCLAMAR JESUS
Nos versos 40 e 41, lemos que “com muitas palavras deu testemunho e exortava-os dizendo: salvai-vos desta geração perversa. Então, os que aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas”.
Há duas palavras que andam de mãos dadas no Novo Testamento. Observei este importante detalhe durante o período de trabalho na tradução do Novo Testamento para a língua Limonkpeln de Gana. São elas Kerygma, normalmente traduzida por pregação ou proclamação (aponta para a proclamação audível e inteligível da mensagem), e martyria, traduzida por testemunho (modo de vida).
Curiosamente sempre que uma delas aparece, a outra a acompanha, e isto em todo o Novo Testamento. Dá-nos, assim, a clara impressão de que na mente de Cristo Ele construía uma Igreja que pudesse proclamá-lo de forma audível e inteligível em todo o mundo, mas que ao mesmo tempo pudesse vivê-Lo.
O Apóstolo Paulo parece ter compreendido bem esta parte da natureza da Igreja. Ele tanto ensina o povo de Deus que deve falar de Cristo a tempo e fora de tempo como grita a plenos pulmões: já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.
O desejo de Cristo, portanto, é sermos uma Igreja que tenha fiel teologia e também vida devocional. Uma Igreja habilidosa mas também piedosa. Uma Igreja que prega a Palavra, mas que vive a Palavra que prega. Enfim, uma Igreja kerygmática e martírica.
Um dos perigos imediato, e corruptor da natureza da Igreja é termos o melhor conteúdo, o melhor ministério, a mais expressiva Igreja, o mais relevante ensino, mas não termos vida com Deus. Isto nos leva à soberba, orgulho e arrogância. Mata o espírito, mata a fé, destrói a piedade e nos achamos em um vale seco onde nada se move; com estruturas lindas, mas sem vida com Deus; com colunas de mármore mas sem o Espírito Santo.
Paradoxalmente, vida piedosa e espírito quebrantado, com sinceridade e devoção, sem um sólido ensino da Palavra, sem zelo pelas Escrituras, provocará uma enxurrada de ações, em nome de Deus, que não são de Deus. Este é outro perigo imediato, e igualmente corruptor da Igreja: buscarmos a piedade e vida com Deus, sem o temor e ensino da Palavra, produzindo, assim, uma Igreja dinâmica e crescente, mas antropocêntrica e herética. Uma das igrejas que mais cresce em Gana é chamada Igreja do Espírito Santo. É a Igreja mais missionária, evangelizadora e que se envolve com ações sociais. Mas esta Igreja crê que seu fundador é a encarnação do Espírito Santo na terra. Quando ele fala é o Espírito Santo quem fala.
Portanto o desafio que temos é de não partirmos ao meio a nossa eclesiologia. É de termos uma boa doutrina, mas também uma vida piedosa; é conhecermos teologia, mas também praticarmos a fé cristã; é sermos kerygmáticos – que pregam em alto e bom som; mas também martíricos – que adoram o Nome acima de todo nome no secreto da sua casa; é sermos zelosos pelo culto e pelo texto bíblico, mas também colocarmos a mão no arado para o serviço e a missão.
Um dos relatos que mais me desafiou nos últimos tempos foi o testemunho de um juiz federal – por assim dizer – no interior da China. Ele foi preso, acusado de ser um cristão que praticava a evangelização em sua pequena cidade. Para que fosse humilhado publicamente foi levado a pé e algemado por alguns policiais, de sua casa até a central de polícia. Quem observou aquela caminhada testemunhou que todos estavam cabisbaixos, envergonhados e constrangidos pela prisão de um homem de tamanha importância, e muito querido na sua cidade. A multidão por onde ele passava, os soldados que o conduziam, todos cabisbaixos. O único com a cabeça erguida era o juiz cristão, que a medida que caminhava levantava também suas mãos gritando: Eu amo o Senhor Jesus!
DIÁKONA E POIMÊNICA – A IGREJA NASCIDA PARA SERVIR
O verso 45 nos diz que “vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade”. A expressão original para “à medida que” significa que os irmãos tinham olhos abertos para discernir onde e como poderiam servir.
O conhecimento das Escrituras e verdadeira espiritualidade desembocam no serviço, na missão.
As vezes compreendemos mal o conceito de missão e serviço. Servir a Cristo não é uma questão de desejo, oportunidade ou decisão pessoal. Servir a Cristo é uma questão de obediência. Se você estiver contente em servir ao Mestre, faça isto pela alegria que sente. Mas no dia em que faltarem alegria e prazer, sirva-o pela obediência. Isto porquê servir a Cristo não é um passeio no parque. Demanda, não raramente, morrermos mais e mais para nós mesmos.

Ao nosso redor observamos em um relance ambientes de injustiça, situações de profunda carência humana e desconhecimento do Senhor Jesus. É neste plano que a Igreja é chamada para servir. Para denunciar a injustiça, para saciar a fome daquele que nada tem e para anunciar o precioso Nome de Jesus.
CONCLUSÃO
Voltamos às primeiras palavras. Os elementos da anti-missão – hedonismo e narcisismo – que são expressões da obra da carne,e que nos preterem de sermos a Igreja segundo o coração de Deus.
A inércia que experimentamos não provém do nosso desconhecimento da necessidade humana ou do mandato de Deus, mas sim da nossa falta de paixão deslumbrante pelo Senhor Jesus.
Há no mundo hoje mais de 2.000 povos que não conhecem sobre Jesus. Falam mais de 3.000 línguas e dialetos sem nada da Palavra em seus idiomas. No Brasil temos 121 etnias indígenas ainda pouco ou não evangelizadas, e 95 sem presença missionária. Há mais de meio milhão de ciganos em nossa pátria que não conhecem a Palavra. As tribos urbanas nas grandes cidades relativizam a vida e, ao contrário de se tornarem ateus, passam a crer em tudo. Vivem a procura de um deus utilitário para saciar uma sociedade humanista.
Jim Eliott, mártir entre os Auca no Equador, em uma carta que escrevera à sua igreja na América do Norte, concluiu dizendo: “viva de tal forma, que ao chegar o dia da sua morte, nada mais tenha a fazer para Deus, a não ser morrer”.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

5 Votos para se obter o poder espiritual



1) Trate seriamente com o pecado. Rm 6.23; Pv26:18-19
2) Não seja dono de coisa alguma. Tg 4:13-16; Rm 3:9-18; Dn 9:7
3) Nunca se defenda Pv 17: 27-28
4) Nunca passe adiante algo que prejudique alguém. Pv 17:9
5) Nunca aceite pessoalmente qualquer glória. Jr 9:23-24; Sl 16:5

A Ciência é onipotente?

http://www.youtube.com/watch?v=0_TLzIR2ptM

sábado, 27 de novembro de 2010

Carta da Missionária Graciete


Paz Queridos

Há indiozinhos no meio da mata, que nunca ouviram falar de Jesus. Senhor manda obreiros para o meio da mata, levando a mensagem de luz aos indiozinhos que não conhecem o amor de Jesus.


Eu cantava essa música a plenos pulmões,
quando criança, pedindo ao Senhor que mandasse
mais obreiros para o meio da mata. Depois eu mesma acabei sendo a resposta dessa canção.





Quando sentada lá no avião, saindo dos Banawá e
vendo lá em baixo aquele tapete verde infinito, me
peguei cantando a mesma canção de tantos anos
atrás: - “Senhor manda obreiros pra o meio da mata,
levando a mensagem de luz”.







Agora cantando sem o romantismo de quando eu era só uma criança e pensava na “paz e harmonia da floresta”, mas canto com a mesma paixão. Paixão mais verdadeira porque saí do sonho e estou vivendo essa realidade, paixão mais firme porque no meio desse tapete verde tem amigos queridos meus que esperam essa mensagem, e paixão mais abrasada porque sei da necessidade sentida por esses amigos.





Nosso tempo com os Banawá, foi precioso, um
canto do mundo bom de viver, povo querido, que experimentou a graça de Deus em suas vidas.
Os Banawá tem uma igreja como eles, pequenina, porém,
perseverante. Tem alguns livros da Bíblia traduzido para sua língua. A maioria das mulheres não sabem ler, mas escutam as leituras nos cultos.





Arifã Banawa é jovem, mas ele é quem está liderando a igreja e tem sido amado e respeitado de uma maneira linda pelas pessoas na aldeia. Arifã chegou aqui em nossa base há uns 5 anos, mal falava português, e nossa Etno escola recebeu o Arifã , não foram poucas as pessoas aqui que investiram em sua vida.

Enquanto eu escutava ele pregar no culto lá na aldeia, com palavras lindas, mas totalmente desconhecidas aos meus ouvidos eu pensava no resultado bonito da semente que é a palavra de Deus, ela cresce, multiplica e vai muito mais longe do que nossas mentes finitas podem imaginar.
Alegrou meu coração ver o Arifã, levando seu próprio povo pelo caminho estreito. E foi com ele mesmo que gravamos várias histórias bíblicas, para que todos possam ouvir e ter acesso a palavra de Deus, mas esse
foi só o começo, vamos voltar mais vezes, pra gravar mais histórias da Bíblia , material relevante que
ajuda a fortalecer a fé de nossos irmãos Banawa.








De volta a Porto Velho, agora nosso rumo é Sanumá Yanomami, em Roraíma, vamos gravar de forma dramatizada todo o novo testamento. As Boas Novas chegou aos Sanumá com poder, e hoje eles tem um igreja que tem crescido arraigada no Senhor.




Vamos encarar esse projeto com um casal que já mora entre eles há muitos anos, o Mimica e a Lene, que tem com muito afinco amado esse povo e trabalhado para que eles tenham acesso ao discipulado. Estamos juntos nesse alvo, de colocar nas mãos de nossos irmãos Sanumá o Novo Testamento Dramatizado em Audio.





Nosso plano é começar no dia 10 de Dezembro e terminar dia 30 de Janeiro. Metade de gravação será feito em Boa Vista, metade na aldeia. Muitos sanumá moram bem dentro da mata e não tem acesso aos outros parentes , muitos já decidiram por Jesus e precisam se fortalecer com sua palavra, muitos ainda precisam ouvir a palavra, e o novo testamento gravado na língua Sanumá vai ser um marco de acessibilidade, todos vão OUVIR...

Já estamos nos preparativos dessa Viagem, muitas coisas pra organizar, muitos detalhes a serem arrumados, muitas montanhas para serem movidas. Vocês bem sabem que não entro nesses desafios se vocês não estiverem comigo lado a lado em amor e em oração, e quero encorajar a vocês amados mais uma vez a abraçar esse projeto conosco, vamos de verdade precisar que montanhas sejam movidas,que consigamos autorização para nossa entrada na área, que não é nada fácil mas sabemos que ELE faz milagre!
antes de nossa viagem mando notícias novas pra vocês ficarem sabendo das novidades da viagem.
E vamos continuar pedindo a Deus que mande mais obreiros pra o meio da mata, ainda precisamos de mais pessoas dispostas a ir, porque ainda há gente que vive no meio do infinito tapete verde que nunca ouviu mas precisa ouvir a mensagem de luz....e quem sabe você não será a resposta dessa canção.

Com amor,
Graci Mota













quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CONSTRUINDO UM VERDADEIRO AVIVAMENTO(Esboço de Pregação) - Franklin Ferreira

1.       SOMOS ATRAÍDOS A DEUS PELO ESPÍRITO SANTO
O Espírito de Deus passa a habitar permanentemente no novo convertido.
O cristão é consciente dessa nova realidade e o capacita a buscar a santificação (obra que começa no coração).
O conhecimento de que o que somos vem do Espírito Santo, nos dá nova vida.
I Co 8:9, Ef 2, I Co 12

2.       ATRAÇÃO A DEUS E SEUS CAMINHOS POR AMOR A DEUS
O Espírito leva o cristão a amar a Deus.
Jó afirma: ”(...) conhecia a Deus só de ouvir falar, hoje conheço Deus de andar com Ele.”
Habacuque: “(...) ainda que a videira não floresça...”
Oposta à teoria da prosperidade.
Somos levados amar a Deus sobre todas as coisas apesar das circunstâncias.

3.       UMA VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE É CARACTERIZADA POR VISÃO DE ADORAÇÃO (APRECIAÇÃO) AO SENHOR NA BELEZA DE SUA SANTIDADE
O nosso coração de encanta com a maravilha da beleza de Deus.
Pensamos em gradação de beleza porque Deus é a suprema expressão do belo.
O Filho se antecipa à vontade do Pai. É um amor que se revela na pessoa do Espírito Santo.
O amor de Deus se revela a nós pelo Filho, que satisfaz a retidão eterna do próprio Deus.
Como apreciar esse Deus?
Sl 29:2, Sl 96:6-9

4.       MUDANÇA À UM CONHECIMENTO COMPLETAMENTE NOVO
Conhecimento intelectual: devemos nos deliciar com as sagradas escrituras por meio do Espírito Santo.
O Espírito nos leva a experimentar um novo conhecimento ao caminhar com Deus.
“Provai e vede que o Senhor é bom.”

5.       GERANDO CONVICÇÃO DE QUE AS VERDADES DA FÉ CRISTÃ SÃO CONCRETAS
O Espírito Santo nos dá a certeza interna de que pertencemos a Cristo.
As dúvidas existenciais cruciais acerca do cristianismo e do próprio Deus devem ser tiradas “lutando” com Deus, assim como fizeram Habacuque, Asafe e Jó.

6.       O ESPÍRITO OPERA DANDO-NOS A CERTEZA DE QUE A HUMILDADE É BASE DA FÉ CRISTÃ
A humildade passa a ser percebida como a base de toda virtude cristã.
O crente orgulhoso é uma contradição de termos.
Consideramos todos à nossa volta melhores do que nós. Fl 2:3
Não há razão para nos portarmos de forma soberba, afinal tudo vem de Deus.
“Desenvolver o auto-conhecimento e desprezar a si mesmo...”
Deus odeia o orgulho. É o pecado mais abominado de toda a Bíblia.
Sl 34:18, Sl 51:17, Sl 138:6, Is 66:1-2, Mt 5:3, Mt 18: 3-4, Sl 10:4, Sl101:5, I Pe 5:5

7.       MUDANÇA DE NATUREZA
Somos ressucitados. Despidos da velha natureza.
Revestidos de uma nova natureza. Participantes da natureza divina. Nova criatura.
A regeneração nos insere na santificação (ação gradual).
Quem não prova amor pela santificação não nasceu de novo.

8.       TORNADOS À SEMELHANÇA DE CRISTO
“Sede meus imitadores como eu sou de Cristo”
A marca da verdadeira espiritualidade é sermos moldados ao caráter de Cristo.
Perdão, mansidão, ajuda aos pobres.

9.       TEMOR A DEUS POR MEIO DE SUA GRAÇA SALVADORA
Nós reverenciamos esse Deus acima de tudo.
Nós trememos e tememos antes de pecar.

10.   EQUILIBRIO ENTRE SEGURANÇA E TEMOR A DEUS
Preocupação com os nossos pecados e dos outros.
Simetria entre várias virtudes cristãs.

11.   FOME DE DEUS
Moisés desejou ver a Deus.
Nós vamos ansiar constantemente por Deus.
Ansiamos por buscar santidade.

12.   EXPERIMENTAR UM COMPORTAMENTO COMPLETAMENTE GUIADO PELAS ESCRITURAS
Entrega. Constância. Vida cativa ao evangelho.
Vida marcada por sofrimento.

Salmos 9:17
“Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Trecho de "A Bíblia, o Pregador e o Espírito" de Vicent Cheung

A Bíblia é ousada e honesta. Ela te diz que se você discorda com algo dela, então você está errado, e Deus te responsabilizará por sua falsa crença e falsa conduta que se segue dela. Ela não pretende te conceder o direito de se opor ou debater com ela. Você deve concordar com ela, crer nela e obedecê-la. Ela não respeita valores e opiniões privadas, como se cada um de nós fossemos o nosso próprio deus. Ela ignora aquelas coisas que consideraríamos nossos direitos quando estamos tratando com nossos semelhantes. Isso é assim porque quando estamos tratando com a Bíblia, não estamos tratando com outros seres humanos, mas com o próprio Deus. Até mesmo os direitos que temos quando tratando com outros seres humanos devem vir da própria Bíblia, visto que Deus é o governador de todos nós, e Ele é aquele quem define a relação apropriada entre suas criaturas.
Através deste livro, Deus dita todo o aspecto da vida humana. Ela nos fala sobre como adquirir, economizar e gastar nosso dinheiro. Ela nos diz como e o que ensinar aos nossos filhos. Ela nos diz com que tipo de pessoas podemos ter amizade, confiar e casar.
Ela atribui papéis sociais, incluindo aqueles que pertencem a idade, posição, gênero e conhecimento e maturidade espiritual. Ela regula o que alguns consideram as questões mais privadas, tais como sexualidade humana. Muitas pessoas pensam que a sexualidade é um assunto que diz respeito somente a elas, mas a Bíblia prescreve instruções e preceitos exatos sobre o assunto, ora exortando e ordenando, ora proibindo e condenando. Ela anuncia princípios concernentes ao consumo de álcool, e faz da glutonaria pecado. Então, ela contém mandamentos até mesmo com respeito aos nossos pensamentos e motivos, de forma que não somente é pecaminoso roubar, mas é pecaminoso cobiçar também. Por que este livro, contém o todo da vontade de Deus para humanidade, ele representa tudo que os rebeldes espirituais odeiam.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lual da União de Mocidade Presbiteriana- 17 de Dezembro

Sobre o caminhar e o chegar

Quão longa e dolorosa é uma caminhada quando atentamos fixamente para o final. Por menor que seja a distância a sensação de infinitude parece nunca desaparecer, até finalmente chegarmos! Chegamos! Que alívio! É imediato! Parece que um fardo cai instantaneamente das nossas costas, um imenso fardo. Também é breve o período de descanso e sempre temos a impressão de que é menor do que realmente foi. Por quê? Porque logo teremos que levantar e pegar a estrada novamente. Bem, é assim o nosso comportamento ao longo de nossas caminhadas; ansiosos, sempre com pressa. E é assim  que fomos ensinados a caminhar, afinal “tempo é dinheiro”!
E, se ao invés de caminharmos porque o tempo urge e há pressa para chegar, caminhássemos olhando a paisagem, sentindo a brisa do ar e ouvindo pássaros cantar. Melhor, e se fossemos cantando pelo caminho? Formaríamos um dueto com cada passaro que aparecesse em uma esquina diferente! Poderíamos conhecer pessoas diferentes, fazer novos amigos adquirir novas experiências, enfim aprender. Opa! Parece que chegamos ao fim de uma caminhada. Confesso que nem percebi quando cheguei. Ao me olhar no espelho, percebo que pelo curto espaço de tempo mudei pouco fisicamente, mas ao fazer uma investigação introspectiva, viajo em pensamentos e boas lembranças da última caminhada. Amadureci! Descobri como pode ser bom caminhar! E, se em algum momento me faltar um motivo para caminhar, um alvo a alcançar, terei como razão principal para caminhar, caminhar! Isso mesmo caminhar por caminhar! É para isso que eu vivo! Caminho por que respiro! Quem não caminha é morto!
Caio B. Vasconcelos